quinta-feira, 19 de abril de 2007

FIDELIDADE... AMOR... Acredito!

Soneto de Fidelidade

De tudo ao meu amor serei eterno

Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto

Quem mesmo em face do maior encanto

Dele se encante mais meu pensamento

Quero vivê-lo em cada vão momento

E em louvor hei de espalhar meu canto

E rir meu riso e derramar meu pranto

Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure

Quem sabe a morte, angústia de quem vive

Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu posso me dizer do amor ( que tive):

Que não seja imortal, posto que é chama

Mas que seja infinito enquanto dure

Vínicius de Moraes

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